Abril, logo opino...
O que tem um jovem a dizer sobre um acontecimento que não viveu e que cujas convolações não acompanhou? O que pode alguém distanciado por quase uma década ter a dizer sobre um período da história do seu país que não teve a oportunidade de experienciar? Muito pouco! Diriam certos críticos modernistas. Tudo! Diriam os maiores conservadores, bom, isto caso a opinião fosse favorável ao passado facto, as afirmações seriam vice-versa se a mesma fosse desfavorável e lá nos perdíamos numa corrente – desconfiada – de concepções, ideias e juízos.
Talvez esse tal levantamento de 25 de Abril, desses anos lá para trás, tenha deixado como maior legado esta nossa capacidade de opinar, em tudo e por tudo. Todos temos alguma opinião sempre, sobre a postura de determinado político, sobre a conduta errónea de certo partido, a má gestão do interesse público, isto, aquilo e aqueloutro… Aí todos apontamos o dedo, agora entra o jovem que não viveu esse tal período de mudança e entra porquê?
O jovem entra porque protesta, é irreverente, quer saber para poder opinar, dizer de sua justiça, é um direito de Abril! Mas é esta geração que nos está a florescer, uma geração contestatária, que quer refilar e que quando o faz, lembra logo os capitães, para que a sociedade não esqueça que essa tal liberdade de expressão ressuscitou aí.
Permitam-me que opine, Abril não nos trouxe só a espada para lutar, trouxe um Reino novo para defender. Trouxe mais responsabilidades que apenas permissões genéricas e esta responsabilidade é um privilégio, não basta protestar. Uma sociedade evoluída constrói-se em diálogo permanente entre as instituições e o povo.
No início mencionei que talvez o maior legado de Abril, tivesse sido a faculdade de opinar, mas ora reformulo que o maior mesmo é o que nos permite ser a própria instituição e, sem mediatismos, negociar o progresso sem receio do mesmo.
“A política é o governo da opinião” Carlo Bini
Saulo Chanoca
Talvez esse tal levantamento de 25 de Abril, desses anos lá para trás, tenha deixado como maior legado esta nossa capacidade de opinar, em tudo e por tudo. Todos temos alguma opinião sempre, sobre a postura de determinado político, sobre a conduta errónea de certo partido, a má gestão do interesse público, isto, aquilo e aqueloutro… Aí todos apontamos o dedo, agora entra o jovem que não viveu esse tal período de mudança e entra porquê?
O jovem entra porque protesta, é irreverente, quer saber para poder opinar, dizer de sua justiça, é um direito de Abril! Mas é esta geração que nos está a florescer, uma geração contestatária, que quer refilar e que quando o faz, lembra logo os capitães, para que a sociedade não esqueça que essa tal liberdade de expressão ressuscitou aí.
Permitam-me que opine, Abril não nos trouxe só a espada para lutar, trouxe um Reino novo para defender. Trouxe mais responsabilidades que apenas permissões genéricas e esta responsabilidade é um privilégio, não basta protestar. Uma sociedade evoluída constrói-se em diálogo permanente entre as instituições e o povo.
No início mencionei que talvez o maior legado de Abril, tivesse sido a faculdade de opinar, mas ora reformulo que o maior mesmo é o que nos permite ser a própria instituição e, sem mediatismos, negociar o progresso sem receio do mesmo.
“A política é o governo da opinião” Carlo Bini
Saulo Chanoca